segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Homenagem a Moacyr Scliar 🌟 Relatos Reais


Literatura e Poesia em Cantos Diversos

Conheci Moacyr Scliar no início dos anos 2000, no Circuito Cultural Banco do Brasil, montado na praia de Boa Viagem, no Recife, onde vivo.

Após sua palestra sobre o livro A mulher que escreveu a Bíblia – vencedor do Prêmio Jabuti –, recitei meu poema "Se se nasce na vida sem destino".

A demonstrar como gostara, ele fez-me uma elogiosa dedicatória no exemplar que ganhei no sorteio.

Por e-mail, concedeu-me uma entrevista exclusiva para a Revista POÉTICA XXI, criada por mim e então coeditada com o advogado e escritor Antônio Campos, da Academia Pernambucana de Letras, presidente do Instituto Maximiano Campos (IMC) e curador da Fliporto – Festa Literária Internacional de Pernambuco.

Enviei-lhe-a pelo correio, anexando um pôster da capa com destacada chamada para a nossa entrevista. 

Ainda nos encontramos, tempos depois, em uma palestra dele na Fundação Joaquim Nabuco – Fundaj, no bairro de Apipucos, na Veneza Brasileira.

E uma última vez, na Fliporto, em novembro passado, em Olinda. Apertamo-nos as mãos e fizemos uma foto desse nosso (ainda insabido) derradeiro encontro.

Grande escritor e democrata verdadeiro.

Salve, Moacyr Scliar!


Moacyr Scliar (19372011)

🎥

 Roteiro e direção: Carlos Gerbase

Produção: Prana Filmes


Links externos:

Site Oficialhttps://www.scliar.org

✨️

Caricatura digital: João de Deus Netto


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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Especial * França de Olinda * por Netto

França de Olinda

*
Arde ávida a acidez
A agonia arranha, bale,

Bole, berra, bate brutamente.
Corre calado cúmplice cão
Cujos dentes dignos de devoção
Decerto devoram espada e esporas
Enquanto famintos, furiosos felinos
Grudam-lhe garras grossas.
Hoje hospedam Homeros, Horácios
Imponentes igrejas impotentes
Jesus, Judas, jogam, jantam juntos
Lêem loucos livros lúcidos lamas
Mas, mestres místicos, maconha
Metem medo. No ninho, nascem
Novas noivas néscias
Outras ostras ocultam pérolas, porém.

Pretos pedem pão. Povos põem panos quentes.
Quem quer querelas?
Rotulam rocks. Rejeitam reggaes.
Súbito, surgem sangrentas sarjetas
Transamazonicamente.

Transcontinentalmente.
Tão tristemente!
Unhas untam úberes universalmente.
Universidades? Vomito-as.
Vêm vindo vozes:
Xiiiiiii….
Xangô?
Xenófobos?
Zeza?
Zumbi?
Zarpemos?
Zeeeeeeeeeeeeeeemmmmmmmmmm!!!!!!!!!!!!!!!!!

França de Olinda

Homenageado no Alt Fest ! Fliporto 2010

Ilustração: João de Deus Netto

+ aqui: http://altfestolinda.blogspot.com

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Alberto da Cunha Melo 🌟 Especial ✨ Caricatura Digital

💥

Alberto da Cunha Melo 
Homenageado no Alt Fest ! Fliporto 2010

Caricatura por João de Deus Netto,
editor do blog Picinez • http://picinezblog.blogspot.com
especialmente feita a partir de sugestão minha.

Grato, Netto, valendo!

Viva Alberto!

🌟

YACALA [*]

Exórdio

Levamos fogo, não esponjas,
ao trono sujo de excremento,
disputando o mesmo vazio
de uma estrela no firmamento;

jarros negros e estrelas, tudo
é uma busca de conteúdo;

ou somos renúncia ou cobiça,
atravessando esses planaltos
feitos de cinza movediça;

mas todos estamos em casa,
como os voos dentro das asas.

Alberto da Cunha Melo


[*] Yacala, s.m. homemmarido, namorado. || Idioma quicongolês.

Obs.: poema em 1.540 versos, na forma "retranca", criada por Alberto, originalmente alinhado à esquerda.


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