Nascido no interior, artes aprendeu, bem produziu, reconhecido artista, na capital e no exterior viveu, à terra natal voltou, o amor vivenciou, da belamada recebendo um cafuné, na cama, tranquilamente, idoso expirou, após dizer a ela:
Com seu profundíssimo olhar ela me sorriu, oferecendo-me a face, então, respeitosamente, a toquei com lábios de afeto e consideração.
Eu assistia no palco aos melhores shows do Festival, tendo acesso livre pela entrada dos artistas, no lado oposto à equipe técnica e de produção.
Estrelando a noite, o espetáculo maravilha as dezenas de milhares de pessoas na grande praça (mais incontáveis, por rádio, tv, internet), num quase êxtase a que me uno sem ser visto, do meu lugar exclusivo.
Numa breve pausa, ela vem pro meu lado, aí a cumprimento fraternalmente, sentindo de perto a vibração a emanar daquela força da natureza, de voz e beleza próprias, com seu incomum sex appeal, para além de cronologias.
Logo retoma a marcante apresentação, que faz daquela data uma das mais especiais da história do FIG – Festival de Inverno de Garanhuns, a melhor festa do mundo!
Agora encantada, cabe-nos honrá-la com as merecidíssimas e nunca suficientes homenagens, bem como lembrá-la e fruir os registros do seu rascante e mavioso cantar, junto à perene admiração por sua singular expressão, e o vero comprometimento com as causas e lutas sociais às quais ela sempre se doou e sua vivíssima memória nos insta a enfrentar e vencer.