Don Quijote de La Mancha, de Miguel de Cervantes
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"Seja a mudança que você quer ver no mundo."
Mahatma Gandhi
"Seja a mudança que você quer ver no mundo."
Mahatma Gandhi
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O clima não estava nada bom na ‘Grande Pequena’ ou ‘Terra do “Se” e do “Quase”’ ou ‘País do Regresso’, no modo jocoso como era tinhosa e vulgarmente chamada pela Matriz a mais criativa Província e maior fornecedora de matéria-prima do Sistema.
Até há pouco próspera e autoconfiante, com
sucessivos e autônomos governos progressistas, acabara de sofrer um golpe e vira-se,
uma vez mais, dominada por corruptos, gananciosos, entreguistas, subservientes
à Matriz.
Esses inescrupulosos seres semifictícios ~
nos quais inexiste qualquer boa intenção ou, sequer, resquício de bom sentimento
para com o semelhante ou o lugar onde nasceram e do qual, desavergonhada e
vorazmente se locupletam; insaciáveis no mesquinho afã de defender seus interesses inconfessáveis ~, num delírio megalomaníaco, nela pretendiam instalar, quase
que num átimo, um bizarro tempo paralelo, fundindo a Idade das Trevas com a Idade da Pedra Lascada.
Uma bem orquestrada trama vencera, parecia.
Instigado nas mídias, artificial e meticulosamente implantado, cultivara-se em significativa parcela da população o ódio irracional a tudo que fosse, lembrasse ou parecesse o lado
oposto, na síntese semiótica da cor: Vermelha!
Naqueles idos de pesar e nada saudosa
memória, multidões em manadas aderiram ao primarissímio, superficial, mais-que-grotesco
e venal verde-amarelismo, singela e providencialmente
reanimado pelas oligarquias, para deleite das rançosas e prestativas viúvas das
muitissimamente odiosas ditaduras.
Na ausência de legitimo prócer, essas legiões
de ignaros ignotos tinham como ídolos notórios embusteiros, aspirantes a um
lugar na casa-grande, famosos decadentes, membros facciosos da magistratura,
variadas subcelebridades a que ~ na indubitável falta de lucidez e bom senso,
que tão pueril e pateticamente as caracteriza ~, inadvertida e
despropositadamente, chamavam de ‘líderes’ (sic).
Essas levas de filhotes de
proveta da ignomínia sofrem do terrível mal que o neologismo, tão infeliz e adequadamente, sintetiza e define: midiotia.
“Mas a vida é (sur)real e de viés” ~
parafraseando o compositor popular.
Embora parecesse vitorioso, aquele
desonrado e desonroso (des)arranjo intestinal, digo, institucional, em pouco
tempo veio a naufragar, como sói acontecer àquilo que não possui legitimidade,
por não ter raiz nem sustentação no cerne da vida real, por não se basear na íntima
substância de tudo: a Verdade.
Após aquele trágico e ~ graças às lúcidas lutas
organizadas e bravamente encampadas pelas camadas mais esclarecidas e
inconformadas da sofrida, porém vivaz população ~, relativamente, breve período de obscuridade,
Atrasilda retoma o seu rumo, a reconquistar,
indômita, a então fragilizada autoestima e a urgentíssima autonomia, a fim de tornar-se igualitária,
a construir-se fraternal e solidária, fundada na Beleza e na Justiça: a concretização do Sonho Coletivo a realizar-se em práxis, a
consolidar perene, consciente, profundamente a sua tão almejada e legítima
autodeterminação.
Inspirada na milenar Sabedoria dos Povos Originários, no seu desde sempre lúdico, saudável viver pleno em Harmonia Consigo, entre Si e com a Natureza, um respeitar-se e proteger-se mutuamente, sendo pura, vera e
naturalmente uma Grande Família Comum, sem
dominador nem dominado, onde as Crianças são cuidadas, as Mulheres, igualmente consideradas
e os Anciãos, Guardiães dos Saberes Sagrados, inspiradores
admirados, Guias das Novas Gerações.
Para uma novíssima era, que a Vida Nova anuncia, poeticamente a reinventar-se, um antigo nome novo: Utopia!
S. R. Tuppan ⚡
Sete de Setembro de 2016.
O Equilíbrio do Mundo ✨ Arte Yanomami
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